Publicado na Revista
UpPharma em fevereiro 2022

Acredite. Acredite em si
mesma, em seu potencial, em sua competência e em sua intuição!
Vá atrás da sua alegria, esteja ela onde estiver, e nunca mais você
ficará doente.
Clique na Capa para ver a
Revista na Íntegra
 |
Doença:
Filha Dileta da Infelicidade
Por Isabel Fomm de
Vasconcellos Caetano.
|
Saúde Feminina, esse é o meu tema. Mas não se
iluda. Mulher alguma será plenamente sadia se não considerar todo o
contexto social, político e cultural que a envolve. O corpo humano reage
negativamente às negações mentais. Está aí a psicossomática que não me
deixa mentir.
Nós, mulheres, fomos, por milênios, treinadas para nos julgarmos frágeis
e inferiores ao homens, para depender deles, para não poder viver sem
eles. Ah, é claro que é maravilhoso quando encontramos um amor e, mais,
quando esse cresce e se fortalece numa relação de cumplicidade e
companheirismo. Infelizmente, esse não é o destino de grande parte dos
casais que se unem. Mas é o de alguns. Uma relação que se inicia, porém,
com poder de um lado e submissão de outro, está destinada a não
prosperar.
Não tem mais sentido, hoje, acreditarmos que não somos capazes de gerir
a nossa própria vida, exercer o nosso próprio poder, tomar em nossas
próprias mãos as rédeas do nosso destino. No Brasil, por exemplo, até as
leis nos estimulam a fazer exatamente isso.
Então por que ¼ das brasileiras ainda são regularmente agredidas por
seus companheiros? Por que pensam amar seus algozes? Por que não se
acreditam capazes de mudar radicalmente de vida?
Então por que um número desconhecido (pois nunca considerado) de
mulheres permanece por anos a fio presas de um casamento que há muito
ruiu, com maridos que têm outras amantes, que não têm amor ou carinho
por aquela que é sua esposa e mãe de seus filhos?
Muitas mulheres alegam razões econômicas para se manter em barcas
furadas desse tipo. Mas esquecem-se de olhar para muitas outras que se
libertaram, que escolheram o caminho de maior dificuldade, que deixaram
para trás a sua “zona de conforto” e saíram pra luta, foram trabalhar,
fazer carreira, encarar a dupla jornada de trabalho e do lar, sem a
ajuda financeira de um homem.
Tantas prisioneiras dessas armadilhas do casamento, da violência física
e emocional e até econômica! Tantas mulheres escravizadas em jaulas de
ouro, em lares hipócritas, cumprindo apenas as obrigações sociais,
mantendo as aparências e escondendo dos olhos do mundo uma vida infeliz,
indigna, apenas por conveniência!
São essas mulheres que lotam os consultórios médicos, que acabam tendo
endometriose, câncer de útero, câncer de mama, artrose, artrite
reumatoide, diabetes, enfarte do miocárdio...
|