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(Charles Cottet, 1909, Velando)

 

 

Para comemorar essa data e homenagear com bom-humor e criatividade de botequim os que já passaram por ali, os escritores Marcelino Freire e Joca Reiners Terron, convidaram outros 48 escritores para escreverem seu próprio epitáfio como se tomassem sua “saideira” não do bar, mas da vida.o.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PS:

O livro ficou uma gracinha, editado pela Pedra Papel Tesoura, com projeto gráfico de Bruno Brum e Tatiana Perdigão. Está à venda na própria Mercearia por apenas 20 reais: R. Rodésia, 34, São Paulo.
 

 

 

 

METENDO A COLHER, SEM TER SIDO CONVIDADA:

 

Escritora amante da música,

Isabel de Almeida Fomm de Vasconcellos Caetano,

aqui Forever Jazz!

 

“Saideira:

o livro dos epitáfios”
Maria José Silveira
 


O conhecido “bar dos escritores” em São Paulo, a Mercearia São Pedro, na Vila Madalena, completou 50 anos. Ser mercearia tem a ver com seus inícios, mas ainda hoje, além da cervejinha ultra gelada, do pastel delicioso, comidinha boa, e da simpática eficiência dos garçons de sempre, tem outras coisas à venda, inclusive livros.
 

Para comemorar essa data e homenagear com bom-humor e criatividade de botequim os que já passaram por ali, os escritores Marcelino Freire e Joca Reiners Terron, convidaram outros 48 escritores para escreverem seu próprio epitáfio como se tomassem sua “saideira” não do bar, mas da vida. Frente a tal desafio, teve de tudo.
 

Os que saíram pelo humor:
- como Marcelino Freire: “Minhocas, cheguei.”
- Joca Reiners Terron: “Aqui jaz um cara que nunca, soube, o seu lugar, mas, o, das vírgulas, sim.”
- Ivana Arruda Leite: “Finalmente sem barriga.”
 

Os ameaçadores:
- como Índigo: “Volto já!”
- e Lourenço Mutarelli: “Eu vou, mas eu volto.”
 

Os revoltados:
- como Ignácio de Loyola Brandão: “Aqui estou absolutamente contra a minha vontade.”
- e Mário Prata: “Eu não disse para me cremarem, porra!”
 

Os ainda preocupados com as precariedades da vida de escritor:
- como Antonio Prata (nosso caro colega das crônicas de domingo): “Escritor freelancer/ Todas as palavras/ Trocou por sustento/Para a própria lápide/ Sobrou só o vento”
- Xico Sá: “Aqui jaz um autor que bebeu pra carajo e escreveu socialmente.”
- e Rodrigo Lacerda: “Eu achei que dava...”
 

Os legalistas e educados:
- como Fernanda D´Umbra: “Estava no contrato.”
- e Reinaldo Moraes: “Obrigado pelas flores. Desculpe não me levantar.”
 

E os que apelaram para a filosofia:
- como Andrea del Fuego: “Nunca é um prazo, o meu esgotou.”
- Daniel Galera: “É simples:/ a alma é o que desaparece,/ o corpo é o que permanece.”
- Marcelo Rubens Paiva: “Acho que vivi, descobrirei agora.”
- Paulo Lins: “Aqui jaz jamais.”
 

- e eu: “Tentei compreender o mundo, não compreendi nem a mim mesma.”

 

Carlo Bonasso Tema muito importante
Gostei do tema GOSTARIA de ler o livro