| E, 
		por fim, derrotado, escondeu-se, deixou de governar, de gerar 
		escandalosas manchetes na imprensa, nas lives, como sempre fizera desde 
		que fora eleito em 2018. Isolou-se, como um menino mimado a quem foi 
		negado o doce que ele tanto queria.
 Biden recebe Macron em Washington e, juntos, selam seu pacto de luta 
		pela democracia nesse mundo, a cada dia mais ameaçada pelos 
		intolerantes, pelos retrógados, negacionistas, neonazistas, entupidos de 
		preconceitos e com a nublada visão dos que querem amarrar a vida aos 
		estreitos limites de seu próprio medo.
 
 2022 foi o ano do medo.
 
 Medo da reeleição desse presidente derrubador de florestas e de nobres 
		ideais.
   
		Medo do maluco que governa a Rússia e quer ressuscitar as 
		fronteiras da antiquíssima URSS, quem sabe até reinventar muros, como o 
		de Berlim.
 Medo dos ditadorezinhos meio idiotizados, como o que manda na Coréia 
		do Norte.
 
		
		Medo, porque embora bobos, equivocados e retrógados, eles têm na mão o 
		poder de apertar o botão da Guerra Nuclear.
 
 
		Medo dos religiosos fanáticos que 
		gostariam que voltássemos à Idade Média.
 Medo dos tornados e furacões ensandecidos que baixam sobre a Terra, 
		destruindo tudo o que encontram pela frente.
 
 Medo do insalubre terrorismo e dos assassinatos gratuitos e em massa 
		realizados por jovens que descarrilaram.
 
		
		Medo das chuvas torrenciais e despropositadas que fazem desabar encostas 
		sobre as estradas, enterrando vivos os motoristas dos veículos que nelas 
		circulam.
 
 Medo de vestir vermelho.
   
		Medo das agressões desmedidas dos intolerantes 
		contra os que ousam pensar diferente deles. 
		   
		Medo dos homofóbicos, dos 
		feminicistas. 
 Medo das mentiras que campeiam soltas pelas redes sociais.
 
 Medo da Covid. Medo da Monkey Pot. Medo das doenças que já estava erradicadas 
		e que voltam pelo negacionismo vacinal.
 
 Medo dos inúmeros e constantes desastres “naturais” que se repetem nos 
		noticiários, com uma frequência absurda e, todos, sendo apenas o 
		resultado da agressão que temos imposto ao Planeta, que não é bobo nem 
		nada, e sabe muito bem como atacar a esses seres inconsequentes que, a 
		cada dia, trabalham pela sua destruição.
 
 2022 foi o ano da constatação de quão bobos e atrasados somos nós! E 
		ficamos com medo de nós mesmos!
 
 2022, adeus, ano velhíssimo, ano estúpido, ano horrível.
 
 Que 2023 possa trazer a esperança. Que possamos nos reinventar.
 Que consigamos refletir e perceber, afinal, que estamos todos 
		interligados, como as árvores e suas raízes sob a terra. Que somos todos 
		interdependentes e o que acontece a um, acontece a todos.
 
 Venha 2023. E leve embora esse vento absurdo que está soprando sobre a 
		Terra, em todos os lugares, desde agosto até agora... e ninguém comenta, 
		ninguém estranha... Não é normal ventar assim, todos os dias, em todos 
		os países... É a Terra chiando, reclamando, agredida e vilipendiada.
 
 Chô vento. Chô intolerantes. Chô negacionistas.
 
 Que 2023 possa fazer renascer, em nossos magoados corações, a 
		simplicidade do amor. Boas Festas a todos.
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